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domingo, 21 de agosto de 2011

JINGLE DA CAMPANHA DE JÂNIO QUADROS A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA


JINGLE DA CAMPANHA DE GETÚLIO VARGAS A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA- " A VOLTA DO VELHINHO"


CAMPANHA "O PETRÓLEO É NOSSO"


Campanha estudantil nacionaliza o nosso petróleo
A ARRANCADA DO SONHO
Foi com uma campanha de estudantes patriotas e idealistas que o petróleo começou a ser nosso
Ele entrou na briga pelo monopólio estatal e pela criação da Petrobrás quando pouca gente sabia o que era e para que servia o petróleo. Roberto Gusmão era estudante da Faculdade de Direito da USP, em 1947, ano em que o debate começou a ser recorrente no cenário nacional, depois de uma entrevista em que o general Juarez Távora defendia a exploração do petróleo nacional por empresas estrangeiras. Com mais três colegas, procurou Monteiro Lobato, histórico defensor do óleo brasileiro, para entender o tema. "Lobato nos deu uma entrevista, mas recomendou esquecer essa história porque acabaríamos presos", lembra Gusmão, ex-ministro do Planejamento de Sarney, ex-chefe da Casa Civil de Tancredo e membro do conselho da AmBev.
O grupo não seguiu o conselho. Organizou em vários centros acadêmicos um concurso de oratória para mobilizar os estudantes com o tema "Exploração do petróleo brasileiro e Castro Alves". "Sem o nome do poeta romântico, nada incendiava os estudantes", justifica. A iniciativa virou notícia. No Congresso da União Nacional do Estudantes (UNE) do mesmo ano, Gusmão era eleito presidente da entidade, já com a bandeira da defesa do petróleo brasileiro. Intelectuais e militares se juntaram aos estudantes e fundaram o Centro de Estudos e Debates de Defesa do Petróleo, que começou a funcionar na sede da UNE, no Rio de Janeiro. Em abril de 1948, a entidade lançou o primeiro manisfesto de defesa das reservas nacionais — e a campanha O Petróleo É Nosso ganhou as ruas. Para provocar o debate, a UNE encravou réplicas de torres de petróleo nas principais praças do país. "As pessoas perguntavam o que era aquilo. Respondíamos: o Brasil tem petróleo", afirma. Gusmão pertencia a uma geração marcada pela Segunda Guerra Mundial, pela oposição ao nazismo e disposta a combater todo tipo de dominação. "As palavras de esquerda pareciam radicais. Lutávamos contra o ‘imperialismo ianque’. Mas havia verdade naquilo. Se não fosse o patriotismo e o sonho de Brasil que está na consciência de todo estudante, nunca alcançaríamos a auto-suficiência", diz ele.

50 anos de história da Petrobrás
Década de 40




Em 1939, na cidade de Lobato, na Bahia, a perfuração de um poço de 220 metros confirmou, pela primeira vez, a existência de petróleo no país

A campanha O Petróleo É Nosso reúne estudantes, militares e gente do povo contra a exploração do petróleo brasileiro por companhias estrangeiras
Década de 50


Em 1953, Getúlio Vargas assina a Lei 2.004, que institui o monopólio estatal do petróleo e cria a Petrobrás
Década de 60
O governo aposta na construção de refinarias e alcança a auto-suficiência na produção de derivados
Década de 70
. As crises do petróleo forçam a estatal a investir no aumento da produção. A busca do óleo no mar vira prioridade
. Geisel insiste na exploração em água. Em 1974, a descoberta de Garoupa comprova que no país há petróleo bom e abundante
Década de 80
Em 1984, o incêndio de Vila Socó, em Cubatão, é o primeiro dos grandes acidentes provocados pela estatal
Década de 90
Em 1995, a estatal enfrenta a maior greve de sua história e passa a atuar num cenário de competição, depois da quebra do monopólio
Fotos: Banco de Imagens Petrobrás