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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

GOVERNOS POPULISTAS NO BRASIL(1946-1964)




























Onde Lê-se "Sentimento de segurança" substituir por " Sentimento de insegurança na sociedade".








domingo, 21 de agosto de 2011

JINGLE DA CAMPANHA DE JÂNIO QUADROS A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA


JINGLE DA CAMPANHA DE GETÚLIO VARGAS A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA- " A VOLTA DO VELHINHO"


CAMPANHA "O PETRÓLEO É NOSSO"


Campanha estudantil nacionaliza o nosso petróleo
A ARRANCADA DO SONHO
Foi com uma campanha de estudantes patriotas e idealistas que o petróleo começou a ser nosso
Ele entrou na briga pelo monopólio estatal e pela criação da Petrobrás quando pouca gente sabia o que era e para que servia o petróleo. Roberto Gusmão era estudante da Faculdade de Direito da USP, em 1947, ano em que o debate começou a ser recorrente no cenário nacional, depois de uma entrevista em que o general Juarez Távora defendia a exploração do petróleo nacional por empresas estrangeiras. Com mais três colegas, procurou Monteiro Lobato, histórico defensor do óleo brasileiro, para entender o tema. "Lobato nos deu uma entrevista, mas recomendou esquecer essa história porque acabaríamos presos", lembra Gusmão, ex-ministro do Planejamento de Sarney, ex-chefe da Casa Civil de Tancredo e membro do conselho da AmBev.
O grupo não seguiu o conselho. Organizou em vários centros acadêmicos um concurso de oratória para mobilizar os estudantes com o tema "Exploração do petróleo brasileiro e Castro Alves". "Sem o nome do poeta romântico, nada incendiava os estudantes", justifica. A iniciativa virou notícia. No Congresso da União Nacional do Estudantes (UNE) do mesmo ano, Gusmão era eleito presidente da entidade, já com a bandeira da defesa do petróleo brasileiro. Intelectuais e militares se juntaram aos estudantes e fundaram o Centro de Estudos e Debates de Defesa do Petróleo, que começou a funcionar na sede da UNE, no Rio de Janeiro. Em abril de 1948, a entidade lançou o primeiro manisfesto de defesa das reservas nacionais — e a campanha O Petróleo É Nosso ganhou as ruas. Para provocar o debate, a UNE encravou réplicas de torres de petróleo nas principais praças do país. "As pessoas perguntavam o que era aquilo. Respondíamos: o Brasil tem petróleo", afirma. Gusmão pertencia a uma geração marcada pela Segunda Guerra Mundial, pela oposição ao nazismo e disposta a combater todo tipo de dominação. "As palavras de esquerda pareciam radicais. Lutávamos contra o ‘imperialismo ianque’. Mas havia verdade naquilo. Se não fosse o patriotismo e o sonho de Brasil que está na consciência de todo estudante, nunca alcançaríamos a auto-suficiência", diz ele.

50 anos de história da Petrobrás
Década de 40




Em 1939, na cidade de Lobato, na Bahia, a perfuração de um poço de 220 metros confirmou, pela primeira vez, a existência de petróleo no país

A campanha O Petróleo É Nosso reúne estudantes, militares e gente do povo contra a exploração do petróleo brasileiro por companhias estrangeiras
Década de 50


Em 1953, Getúlio Vargas assina a Lei 2.004, que institui o monopólio estatal do petróleo e cria a Petrobrás
Década de 60
O governo aposta na construção de refinarias e alcança a auto-suficiência na produção de derivados
Década de 70
. As crises do petróleo forçam a estatal a investir no aumento da produção. A busca do óleo no mar vira prioridade
. Geisel insiste na exploração em água. Em 1974, a descoberta de Garoupa comprova que no país há petróleo bom e abundante
Década de 80
Em 1984, o incêndio de Vila Socó, em Cubatão, é o primeiro dos grandes acidentes provocados pela estatal
Década de 90
Em 1995, a estatal enfrenta a maior greve de sua história e passa a atuar num cenário de competição, depois da quebra do monopólio
Fotos: Banco de Imagens Petrobrás

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Greves e passeatas durante o Governo Vargas



Greve dos 300 mil foi escola de sindicalismo

KIYOMORI MORI - da Folha de S.Paulo

Foi na tarde da quarta-feira, 18 de março de 1953, que chegou o aviso: numa passeata chamada de "Panela Vazia", 60 mil pessoas saíram pacificamente da praça da Sé rumo ao palácio Campos Elíseos (antiga sede do governo estadual), exigindo reajustes nos salários.

Uma semana mais tarde, eclodiria uma das mais importantes greves da história do sindicalismo, a "Greve dos 300 mil", que paralisou São Paulo.

"Foi uma verdadeira escola para o movimento sindical", define Paul Singer, 71, atual secretário Nacional de Economia Solidária, e que na época era membro do comitê intersindical da greve e da comissão de salários da Elevadores Atlas.

O movimento, que durou quase um mês, resultou na vitória dos grevistas, com aumento salarial de 32% --principal reivindicação dos trabalhadores.

Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas, no período de 1943 a 1951, o custo de vida em São Paulo havia aumentado cerca de 100%, contra apenas 14% do salário mínimo. "Todos estavam insatisfeitos com a perda do poder de compra do salário devido à inflação", explica Singer.

Para recuperar o poder de compra dos salários, os cinco maiores sindicatos de São Paulo --têxteis, metalúrgicos, gráficos, vidraceiros e marceneiros-- decidiram organizar uma greve conjunta.

Mesmo sendo ilegal desde o início --todas as greves estavam proibidas--, os sindicalistas não tiveram dificuldades de conseguir a adesão dos trabalhadores e a simpatia da população.

O sindicato dos médicos, por exemplo, se prontificou a dar assistência gratuita aos grevistas. Uma cozinha comunitária foi criada na Mooca, um dos principais bairros operários, para oferecer refeições para os grevistas.

"A participação foi bem maior do que esperávamos. Muitas mulheres e até mesmo um grupo de 20 adolescentes se juntaram às assembléias dos grevistas", conta Singer, que organizou piquetes na indústria Atlas.

"Era bastante cansativo. A gente participava de piquetes de manhã e depois seguia para as reuniões de avaliação do andamento da greve, que se arrastavam pela noite."

Mas o dia-a-dia da greve não foi pacífico. Confrontos com a polícia, que sempre acabavam com dezenas de operários presos ou feridos, se tornaram rotina na praça da Sé. "Para evitar, a nossa orientação era não fazer passeatas nas ruas, mas houve um "racha" no movimento: o PCB queria levar os grevistas para as passeatas de qualquer jeito."

Pressionados pela longa paralisação, os empregadores acabaram aceitando um acordo proposto pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho), pondo fim à greve no dia 23 de abril, e concedendo o aumento de 32%. Alguns sindicatos, como o dos tecelões, ainda mantiveram o movimento até que todos os sindicalistas presos fossem soltos.

Mas a volta ao trabalho não foi motivo de comemoração para muitos. Como represália, cerca de 400 metalúrgicos foram demitidos nos primeiros dias de trabalho. No caso dos tecelões, as demissões chegaram a mil --principalmente os sindicalistas, considerados "persona non grata" nas fábricas.

"Eu tinha certeza de que seria demitido", diz Singer. "Mas, para minha surpresa, os donos da Atlas entenderam que o que faltava era um elo de comunicação entre a empresa e os empregados, e resolveram montar uma comissão com os líderes grevistas para criar esse diálogo."

Link:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u88207.shtml

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

OLIMPÍADA NACIONAL DE HISTÓRIA


Olimpíada Nacional de História disseminará cultura para 65 mil estudantes de todo paísPDFE-mail
Notícias do Campus
Seg, 15 de Agosto de 2011 15:25
Com apenas um clique no computador, o historiador e coordenador-geral da Unicamp, Edgar Salvadori De Decca (VÍDEO) aguçou a curiosidade de mais de 65 mil estudantes de todo o país, plugados em rede, pela Internet. De Decca abriu, pontualmente às 9 horas da manhã desta segunda-feira (15), a 3ª edição da Olimpíada Nacional de História do Brasil (ONHB), organizada pelo Museu Exploratório de Ciências (MC) da Unicamp. O número de inscritos é recorde, 51% a mais que a edição de 2010.
Participam do evento mais de 16 mil equipes formadas por alunos do ensino fundamental e médio representando todos os estados do país.

“Uma Olimpíada como esta não só traz a oportunidade do conhecimento, mas alarga a cultura para todos os nossos estudantes. Na nossa era digital, esta Olimpíada é um exemplo de como o interesse pela história está disseminado pelo país inteiro. Quando podíamos imaginar que mais de 65 mil estudantes estariam, todos, envolvidos no aprendizado e no desafio do conhecimento do passado?”, surpreendeu-se De Decca.

“E a história tem seu papel muito importante no seu sentido crítico porque não só nos indica o que aconteceu no passado, mas nos ajuda a pensar o futuro. E pensar um futuro para um país em que a representação de 65 mil inscritos simboliza como esse pais precisa fazer inclusão não só econômica e social, mas principalmente cultural”, completou.

Composta de cinco provas virtuais e uma presencial, a ONHB é concebida e elaborada por historiadores e professores de história do MC e da Unicamp. A 1ª edição foi lançada em 2009, com 16 mil participantes. Desde então, o evento tem ocupado um espaço inexistente para as ciências humanas no campo das olimpíadas científicas, tradicionalmente voltadas às ciências exatas, biológicas e tecnológicas.

A historiadora Cristina Meneguello, diretora-associada do MC e uma das coordenadoras do evento, explica que as provas da ONHB são estimulantes porque simulam, metodologicamente, atividades de historiadores. “A Olimpíada tem as fases iniciais pela web, com atividades como se fossem de historiadores. Os participantes recebem documentos, imagens, fotografias, textos descritos, mapas e têm que analisar esses materiais e chegar às respostas”, conta.

A possibilidade de oportunizar aos participantes a interação com temas fundamentais da história nacional só faz renascer ainda mais o interesse pelo conhecimento da história no país, complementou De Decca. Para ele, o estudo da história no país é de fundamental importância porque, além de jovem, o Brasil teve a sua memória histórica profundamente comprometida ao longo das últimas décadas. “Nesse período, vivemos uma época de autoritarismo e restrição de liberdades. A história foi muito prejudicada”, pontuou.

Unicamp Assessoria de Imprensa